quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Colares D'Odarah por Roberta Mathias - Experiência dos sentidos através de imagens. Inspiração e beleza africanas sob o olhar da fotógrafa.

E assim se deu a experiência.

A inspiração.
O olhar.
O desejo.
O registro.
A imagem.
Miragem...

Ventos dos sonhos D'Odarah.




Inspirado no eruexin, instumento utilizado por Oyá, deusa dos ventos e das tempestades, para afastar os espíritos dos mortos, os eguns.





















Colar d'Ossain. 
Faz alusão ao orixá ossain, responsável principal no panteão africano pela manipulação das ervas para promover cura física e espiritual.






Escudo d'Oyá. 
Remete ao escudo manuseado por Oyá pra se proteger nas guerras. Quem a ensinou a usá-lo foi Osàguian, orixá masculino de mais alta hierarquia no panteão africano. 
Iansã, seus domínios são as tempestades, as ventanias, os raios. Igualmente intempestiva, a mais guerreira e a mais marota. Uma menina mulher. Um útero viril. É a ventarola gostosa que vem do mar...












Colar Odoyá Mãe D'água.
 Homenagem à deusa Osùn (Oxum), mãe das águas doces, seu domínio. 
A fertilidade que dá vida; o ciúme, que seca as relações; a mansidão que traz a paz na aflição; a engenhosidade capaz de destruir opositores. 
São essas as contradições de Osùn, deusa das águas claras que ficam turvas em dias de grandes tempestades...










Colar revestido com as ervas de Oyá, o louro.












Esses são os medalhões D'Odarah. 
Fazem alusão à crença africana que percebe os colares (os enfeites de dorso, ou de colo) como escudos contra energias negativas. 
Proteção do chacra entre a razão (cabeça) e a força física (os membros superiores e inferiores). 
Para africanos a potência física e vigor é pedra fundamental. 
Até no que se refere à beleza, por isso quanto mais pesada é a peça usada, mais valiosa ela é, afinal, para portá-la é preciso força.













*

Enfeite-se. Deleite-se. Sinta-se Odarah!

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